sexta-feira, 20 de abril de 2007

Balanço do Encontro de 14 de Abril

Encontro em Defesa da Escola Pública

Para travar o processo de destruição do Sistema de Ensino
Para a sua reconstrução a partir da Escola de Abril
O número de pessoas presentes, a qualidade das intervenções, bem como a riqueza do debate, permitem afirmar que o Encontro em Defesa da Escola Pública, realizado em Algés no passado dia 14 de Abril, foi um sucesso.
A diversidade das pessoas presentes - professores e outros técnicos ligados ao ensino, encarregados de educação, estudantes do ensino superior, sindicalistas - e a diversidade de orientações políticas, foram uma marca do Encontro.
No entanto em todas as intervenções que foram feitas, no quadro de tal diversidade, foi comum a expressão das mesmas aspirações e inquietações sobre a Escola Pública. Estas aspirações revelam-se contraditórias com as exigências da União Europeia (UE), que do ponto de vista do cumprimento do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC), quer da manutenção e defesa de uma Escola Pública de Qualidade.
Poderemos concluir que a defesa da Escola Pública, de forma consequente, põe na ordem do dia a ruptura com a União Europeia (UE).
A esmagadora maioria dos participantes no Encontro subscreveu uma Carta aos deputados do PS, pedindo-lhes que recebam uma delegação representativa deste Encontro para lhes expressar a sua profunda inquietação e a sua exigência de respeito pelo mandato que lhes foi dado pelo povo, em Fevereiro de 2005.

"Queremos professores e os outros trabalhadores com disponibilidade mental para os nossos filhos", António Castelo - presidente da FERLAP

"Se os governos assegurassem uma escolaridade de 12 anos para todos, certamente não ficariam 45 mil professores no desemprego", Carlos Chagas - presidente do SINDEP

"O objectivo de todo o professor é levar os alunos a pensar e a reflectir", Maria do Carmo Vieira - pr
ofessora da Escola Secundária Marquês de Pombal


"O problema da Escola é fundamentalmente político e não pedagógico", Santana Castilho - cronista do jornal Público e professor do Ensino Superior

"Em Portugal, como em França, as reformas que estão a ser feitas destroem o estatuto dos professores e o lugar da Escola; elas decorrem das directivas da UE", André Yon - professor francês do Ensino Secundário, dirigente sindical da CGT-Force Ouvrière

A Comissão Organizadora do Encontro
vai brevemente editar um Boletim
com o essencial das intervenções que nele tiveram lugar.


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