quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Se ainda não votou...

... ainda está muito a tempo de votar!

PRÉMIO PIRATA DA EDUCAÇÃO 2006


Iniciou-se hoje a votação para o Prémio Pirata da Educação 2006 e para as respectivas Menções Vergonhosas.


RECOMENDE A UM AMIGO, A UM COLEGA… VOTE AQUI



Duas maçãs envenenadas do Ministério

MAIS MEDIDAS INCONSEQUENTES
E PREJUDICIAIS AO SISTEMA EDUCATIVO

A abolição das provas globais, pela ministra da Educação, com a
justificação de serem "desajustadas e desorganizadoras do quotidiano
da Escola" (sem apresentação de qualquer prova) e a contratação de
professores, pelas escolas, lançando o caos, pela concorrida corrida
às vagas e ausência de mecanismos eficazes de resposta, são mais duas
medidas perniciosas ao sistema educativo – como tem vindo a ser norma
– lançadas por este Ministério da Educação (ME).

Abolição das provas globais

É ridículo e nocivo para o sistema, em lugar das provas globais –
realizadas fora do período das aulas, que exigiam uma nota e contavam
25% para a classificação final – aplicar exames nacionais de aferição,
a efectuar pelas escolas (segundo o secretário de Estado da Educação),
com inocuidade na classificação dos alunos.

Enquanto que nas provas globais, o aluno tinha de estudar e
esforçar-se para obter uma classificação positiva, que não o
prejudicasse na avaliação final, agora, com os exames nacionais (como
os designa pomposamente a ministra), as notas obtidas não têm
incidências nas notas finais do aluno. Por conseguinte, não lhe é
exigido qualquer esforço para uma eficiente aprendizagem, visto que a
prova não reflecte seriedade nas suas consequências.

Com as provas globais, os professores eram, também, avaliados pelo
conjunto dos resultados e, em função destes, rectificavam (ou não) as
metodologias das aprendizagens. Agora, a ministra da Educação diz que
os exames nacionais servirão para a avaliação do sistema, logo dos
professores, como decorre do actual Estatuto da Carreira Docente
(ECD), em que os resultados escolares são matéria de avaliação dos
professores. Ou seja, um exame de faz-de-conta do aluno pode
influenciar, séria e definitivamente, a progressão profissional dum
docente.

Se não houver uma clarificação sobre esta questão, a FENEI/SINDEP
levará a tribunal todos os casos, em que o procedimento doloso do
ministério prejudicar os professores.

Contratação de professores pelas escolas

A contratação pelas escolas de professores, agora através de contrato
individual de trabalho, é uma medida aparente de desconcentração de
serviços. Mas um presente envenenado para os serviços administrativos
e pedagógicos dos estabelecimentos de ensino públicos. Isto porque,
até à data, as escolas orientavam-se por uma lista graduada nacional,
na qual todos os candidatos estavam ordenados por critérios rigorosos.
Quando as escolas precisavam de substituir um docente, só tinham de
proceder à sua requisição aos respectivos serviços do ministério.

Com a nova medida, as escolas têm de publicitar as vagas em jornais de
grande circulação e aceitar as candidaturas por via electrónica, não
dispensando os candidatos da entrega presencial de determinados
documentos. Acontece que, por via do desemprego dos professores,
qualquer vaga tem centenas a milhares de candidatos, o que vai
ocasionar a impossibilidade prática de uma seriação objectiva e em
tempo útil da candidatura.

A agravar, as escolas não estão equipadas com sistemas electrónicos,
que respondam a este afluxo de tráfico, nem dispõem de pessoal, em
número suficiente, para analisar as candidaturas. E nem mesmo, com um
desenho do perfil do professor, haverá recursos humanos devidamente
especializados para o concretizar, podendo, neste caso, ocorrer
situações menos claras de recrutamento.

Além disso, os candidatos terão de proceder à entrega, em cada escola
e pelo país, da documentação complementar exigida. Todos estes
factores podem inviabilizar o processo que, até aqui, era transparente
e nacional e efectuado com rapidez.

A FENEI/SINDEP observa que o ME tenciona passar a sua própria
desorganização para as escolas e responsabilizá-las pelas
consequências negativas, como o faz com os professores. Assim, a
educação vai, passo a passo, afundar-se num atoleiro de medidas
inconsequentes, que nos vai aproximando do terceiro-mundismo. Até
quando teremos de esperar por uma educação de qualidade motivadora dos
seus diversos actores e dentro de um sistema organizado para as
respostas educativas que o País necessita?

Lisboa, 21 de Fevereiro de 2007

O presidente da FENEI e secretário-geral do SINDEP

Carlos Alberto Chagas

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José Courinha

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Concurso para professor titular

Concurso para professor titular em discussão (Leia aqui o artigo de Joana Santos)
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Alguns comentários a este artigo

a última palavra é nossa
Pura demência, cada diploma que sai é pior que o anterior...O único objectivo é dar cabo da escola pública, pois se a quizessem ter construído tinham regulamentado o que faltava do anterior ECD. Assistimos a tudo, para além do roubo do tempo de serviço e a contabilização das faltas desse período, ou seja não trabalhámos mas faltámos...as escolas têm cada vez menos recursos, menos dinheiro para materiais, menos auxiliares, mais exclusão para os alunos com NEE e com deficiência...pior que sermos governados por incompetentes só mesmo este ajuntamento de falsos moralizadores do sistema...que tal começarmos a reinvindicar subsídios de residência, e de inserção na vida activa...motorista, remodelação dos gabinetes, ajudas de custo... Pequenos extras iguais aos nossos salários após 20 anos de serviço. Espero que a manifestação do dia 2 de Março ultrapasse a de de Outubro...a bem da escola pública e da nossa dignidade profissional.
Laura Rocha, Tomar
20.02.2007

competência
Sou profassora há 26 anos e prezo-me de sempre ter desempenhado a minha profissão com profissionalismo e competência. Nunca regateei funções e cargos, tão pouco horas de trabalho extra. Tenho-me actualizado constantemente e aceitado os vários desafios pedagógicos que vão surgindo. Em 2001 foi-me detectado um cancro da mama pelo que,desde então tenho sofrido diversos internamentos para intervenções cirúrgicas variadas. Em consequência, sofri de uma depressão profunda que me impediu de leccionar no ano lectivo 2002/2003. Agora, completamente recuperada, voltei a ser a professora activa, dinâmica e empenhada, pronta a inovar, a bem dos alunos. Terei agora coragem para prosseguir com o mesmo empenhamento sabendo que tanto me faz esforçar-me ou apenas deixar correr? Dez horas semanais para preparar aulas, corrigir trabalhos, procurar novos materiais...? Estarei disposta a dar mais do que o tempo que me pagam? E quem irá sofrer as consequências?
Ana Patricio
Ana Maria Patricio, Coimbra
19.02.2007

Título, para que vos quero
Sinceramente, do alto dos meus 32 anos de ensino, os milhares de alunos com que já trabalhei e a dedicação que sempre tive ao meu trabalho são a minha verdadeira titularidade. Desafio a Ministra de Educação a apresentar um currículo semelhente. E mais não digo!
Luísa Abreu, professora de Filosofia do Ensino Secundário
Maria Luísa Abreu, Lisboa
15.02.2007

Critérios + critérios + tretas
Alguém me explica porquê considerar SÓ o periodo de 2000/2007 o que está para trás não conta? Isto tudo é ridículo! ... AH ! Já sei !! Dá muito trabalho contabilizar as faltas, sim! porque só essas é que interessam, dos períodos anteriores.
alberto barroso, Lisboa
15.02.2007

Para se ser professor...
1-Robustez física e psicológica; 2-Não ter família; 3-Não ambicionar ser mãe ou pai; 4-Cultura e Hábitos Nómadas; 5-Ser social apenas na escola, de forma a evitar laços e afectos fora desta que poderiama alterar a característica 4; 6-Caso já tenha filhos, ter cunha com a CPCJ Local para evitar problemas de abandono dos fillhos à porta de um hospital quando estes adoeçerem; 7- Para quem quiser continuar...
Manuel Monteiro,
15.02.2007

Análise curricular
O ante projecto de concurso nos seu artigo 10º ,ponto 6 ,fala na análise curricular apenas de 2000/2001 até 2005/2006. Parece-me um período de tempo reduzido para analisar o currículo de professores, muitos deles, com 20 e mais anos de serviço.
fmir
Fernando Jorge Andrade Miranda, Figueira da Foz
14.02.2007

vergonhoso
Vergonhoso...não são só as faltas que contam...é todo este processo ditado pelos "iluminados" da 5 de Outubro...que se acham detentores do saber... E tudo uma questão de euros...o ser bom professor não interessa...a escola pública está devassada...pena é que só ainda alguns pais tenham dado conta disso... E tempo de todos os professores se unirem e não baixarem os braços...
manuela figueiredo, lisboa
14.02.2007

sem palavras
ao longo de dez anos ocupei cargos de coordenação, orientei estágio e actualmente pertenço ao Conselho Pedagógico da minha escola. Tive um filho em 2002 e pois claro, fiquei com ele em casa. Não sou competente porque tive um filho e porque ainda só trabalhei 11 anos.
teresa pacheco, aveiro
14.02.2007


Vergonhoso
Apesar de não ser professora, não posso deixar de fazer um comentário. Adoro o meu país mas começo a ter vergonha de ser portuguesa. Vou ser bastante irónica, mas... Num país em que a natalidade está a decrescer, deverão as mulheres esperar pela reforma para serem mães ???? Pois só assim poderão progredir na carreira!! Ou então deixam os filhos doentes em casa sozinhos????? Ou vão trabalhar mesmo que muito doente e provavelmente até com uma doença bastante contagiosa???? Trabalho numa empresa privada e cada vez mais somos mais penalizados por faltar, principalmente com as "modas" dos prémios de assiduidade, mas em vez de o nosso país seguir os casos melhores (pois deveriamos todos ter as regalias da função pública e não estes funcionários deixarem de as ter, tal com o privado não tem) é o contrário??? Imitamos o pior??? Simplesmente VERGONHOSO!
Ana Silva,
13.02.2007

Faltei para assitir meu filho
... quem tem coragem de me vir dizer na cara que não sou boa profissional, por faltar para assistir o meu filho na doença ou internamento hospitalar? Mesmo "dando" horas à escola noutras alturas, não tenho "aquela qualidade"? Quem não falta, por não ter filhos, por não se importar espalhar a gripe pela escola, cumprindo o horário e não ficando na escola nem mais um segundo (acumulando noutras ocupações), é forte candidato a titular?Por aquilo que vejo "na prática" (informática, por ex) não é obrigatório que os menos faltosos e "Mestres" sejam os mais emepnhados... mas isso é algo que o ME vai perceber, não vai levar muito tempo. Quando alguns titulares tiverem de fazer o que os verdadeiros empenhados fazem... Só espero que depois não inventem o cargo de ASSESSOR DOS TITULARES, nomeando contratados e não-titulares para fazerem o trabalho que o titular não está para fazer.
Amélia Pereira, Faro
12.02.2007

Dr
Não conta o tempo de serviço entre 2005 e 2007 e contam as faltas? EXTRAORDIINÁRIO
Luis António de Matos Branco Branco, Fundão
12.02.2007














Falar verdade a brincar...

Há já alguns dias perguntava-me que andaria a fazer, ou melhor a pensar, a Ministra da Educação. É que tanto tempo sem notícias dessa Senhora quase sempre pressupõe mais uma ideia triste. Parecia que estava a adivinhar e aí está ela a propor que os professores que tenham dado mais de nove faltas justificadas durante um ano, não possam ascender à categoria de professor titular. Portanto, professores de Portugal, vamos lá a tomar vitaminas, fazer uma vida saudável, não engravidar nem ter um acidente. É extremamente recomendavel a qualquer professor que deseje atingir essa categoria, não ir ao médico, não vá ele decidir pela necessidade de uma cirurgia, não fazer sexo, não vá surgir uma gravidez e até respirar em lugares onde existam outras pessoas deve ser evitado, não vá andar por ai um qualquer vírus a pairar no ar. Ir ao Ministério da Educação é totalmente proibido, já que ai existe um com toda a certeza; chama-se Maria de Lurdes Rodrigues.
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Alguns comentários ao post do KAOS

Anônimo disse...

O ridículo da situação é que as salas de aula são, exactamente, locais onde, se juntam vários seres humanos, que em determinadas alturas do ano, se tornam propícias à proliferação de virus. Eu que o diga, já que durante o ano lectivo passado surgiu um surto de gripe que se foi alastrando progressivamente pelos garotos e por professores e funcionários. Entre melhorias e agravamentos, comigo a situação manteve-se por Janeiro e Fevereiro.
Faltei apenas dois dias utilizando os dias por conta do período de férias e fui trabalhar muitos, asolutamente congestionada, com a cabeça a rebentar, o corpo dorido e garganta a latejar. Ou seja, bsolutamente disponível e capaz para ouvir crianças barulhentas, organizar ideias, transmiti-las de forma eficaz. Para além de contribuir para a difusão de mais uns virus(zitos).
Ana

Tiago Carneiro disse...

Olá Kaos
Eu sou prof.
Faço 280 km por dia para ir e vir da escola. Em casa corrijo testes, preparo aulas, trabalhos, actividades, visitas. Trabalho em grelhas de avaliações, de faltas, de comportamento. Tudo isto ao fim de um dia que muitos dizem ser de poucas horas de trabalho mas... Eu dava um dedo da mão para ver a Sra. Lurdes a dar uma semana das minhas aulas. Seria de rir. Trabalhar numa escola é das situações mais stressantes que há. Está provado. Só os mineiros nos batem.
Abraço
Tiago


Papoila_Rubra disse...

Infelizmente esta questão merece ser observada com “outro olhar”…

Os chamados “professores efectivos” pertenciam a um quadro que lhes garantia emprego até à reforma.
Agora, os professores são apenas funcionários do Agrupamento a que pertencem.
Em cada Agrupamento está a ser inventada a categoria de “professor titular”, que é a situação alternativa e semelhante à de professor efectivo, mas, num universo de colocação muitíssimo reduzido.

Como se trata de um vínculo, há que inventar e criar milhentos impedimentos, num crivo bastante apertado, que dificulte ao máximo o ingresso no quadro de “professor titular”. Porquê?? Porque com um número reduzido de professores efectivos em cada Agrupamento, o Ministério apenas se sente obrigado a garantir emprego ( ordenado ) a esses…

Em cada ano escolar, perante o nº de turmas formadas , se houver professores excedentes num Agrupamento, ficam mesmo excluídos de funções e progressivamente ( ao fim de 3 anos ) caem redondinhos no desemprego, se entretanto não conseguirem colocação noutro qualquer Agrupamento.

É por isso que, se um professor der mais de nove faltas por ano, candidata-se seriamente a descer o primeiro degrauzinho rumo ao desemprego…

E mais ainda: como todos sabemos, a reforma é obtida em função da conjugação de dois factores: idade + tempo de serviço, previstos por lei.
Em consequência das possíveis irregularidades que poderão acontecer no percurso profissional de qualquer professor “não titular”, já se consegue prever que, apenas um número muito reduzido de profissionais de ensino, conseguirá chegar à idade de uma ansiada reforma, com o tempo de serviço completo, que lhe garanta o direito a essa tal reforma…
Quem tiver a infelicidade de adoecer, ou de lhe adoecer um filho, candidata-se a ter a dupla infelicidade de ter de continuar a trabalhar pela velhice fora, até à véspera ou dia da morte…

A manobra foi arquitectada, lentamente ganha forma e será brevemente posta em prática.

Entretanto, aos professores, cada vez é dada maior sobrecarga, que na prática, funciona como manobra de distracção. E assim super absorvidos e super ocupados com todos os papéis e projectos, infelizmente a maioria do professorado fica tão atordoado que não se apercebe que profissionalmente, ruma para o abismo…






Mais um ataque do ME à progressão na carreira docente


Os sindicatos de professores admitiram hoje recorrer aos tribunais para contestar a proposta da tutela para o acesso à categoria de titular, considerando inaceitável que faltas justificadas sejam penalizadas para efeitos de progressão na carreira.

No final da segunda ronda negocial sobre as regras do primeiro concurso de acesso à categoria de professor titular, as estruturas sindicais mantêm-se em «desacordo completo, total e absoluto» relativamente à proposta do Ministério da Educação (ME).

Um dos aspectos mais contestados é a ponderação do factor assiduidade, que prevê a atribuição de zero pontos a um docente que tenha faltado mais de nove vezes num ano lectivo, mesmo que por causas justificadas como doença, morte de familiar ou presença em acções de formação, por exemplo.

«Se um professor a quem morra um filho ficar em casa os cinco dias previstos na lei fica automaticamente com quase zero pontos na assiduidade. É totalmente ilegal, além de ser de uma violência e injustiça terríveis. Como é possível alguém estar de acordo com isto?», questiona Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), em declarações à Lusa.

«Vamos recorrer a todas as instâncias porque isto é inaceitável a todos os títulos. O único objectivo é criar obstáculos para impedir a esmagadora maioria dos docentes de aceder ao topo da carreira», acrescentou.

Também a Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL) disse hoje ponderar «a apresentação de uma denúncia devidamente fundamentada às instâncias competentes, para que seja requerido ao Tribunal Constitucional a apreciação e declaração de inconstitucionalidade de algumas normas» deste diploma.

Já a Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) considera «lamentável» a injustiça social e ilegalidade que diz prevalecerem na proposta do ME, alegando que esta penaliza faltas que, pela lei, «contam como serviço efectivo».

Contactados pela agência Lusa, os constitucionalistas Bacelar Gouveia e Gomes Canotilho corroboraram quinta-feira a posição dos sindicatos a propósito desta matéria, defendendo que a progressão na carreira não pode ser penalizada por faltas justificadas.

Ignorando a polémica, o Ministério da Educação justificou hoje a sua proposta para o acesso à categoria mais elevada da nova carreira dos docentes, considerando que pretende «valorizar a assiduidade e penalizar o absentismo».

Numa nota enviada às redacções, o ME refere que «a assiduidade é uma condição implícita para o desempenho efectivo das funções docentes e o exercício de cargos de coordenação, supervisão e gestão», alegando que o seu «objectivo central é valorizar e dar prioridade na classificação aos professores que estão nas escolas a dar aulas e disponíveis para assumir maiores responsabilidades».

Diário Digital / Lusa
23-02-2007 19:53:41

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Estatutos da Parque Escolar, EPE - link para o Decreto-Lei nº. 41/ 21.02.2007

Empresa pública terá poderes para vender escolas secundárias

Pedro Sousa Tavares*

Os estatutos da Parque Escolar, EPE, publicados ontem em Diário da República [ler aqui o Decreto-Lei nº. 41/21.02.2007], dão a esta nova empresa pública o poder de "deliberar sobre a aquisição, alienação ou oneração [aluguer] do seu património autónomo", nomeadamente escolas secundárias.

A empresa, criada com a missão de requalificar a rede pública do secundário, vai receber, no imediato, os títulos de propriedade de sete escolas, em Lisboa e no Porto. E, embora o Ministério da Educação exclua "qualquer" alienação destes espaços, não parecem haver nos estatutos impedimento formal a que isso aconteça no futuro.

Contactado pelo DN, Rui Nunes, assessor de imprensa do Ministério da Educação, afirmou que "não está prevista a venda de qualquer património escolar por esta empresa". E deu mesmo o exemplo da Secundária D. João de Castro, em Lisboa.

Depois do fecho desta escola, no final do passado ano lectivo, foram suscitadas muitas dúvidas sobre uma eventual rentabilização imobiliária das suas instalações, numa das zonas mais valorizadas da capital. No entanto, segundo Rui Nunes, esta será afinal uma das primeiras quatro escolas, "duas em Lisboa e duas no Porto", alvo de intervenções piloto pela empresa até 2008/09, e "vai reabrir, após obras de requalificação, com ensino secundário normal e cursos profissionais".

Mas estas garantias, embora bem recebidas, não tranquilizam completamente quem tem questionado a finalidade deste empresa. "Congratulamo-nos se isso vier a acontecer em relação à D. João de Castro", disse ao DN Miguel Tiago, deputado do PCP. "Até porque a única coisa que o ministério tinha garantido era que o espaço não seria vendido, o que até poderia significar que ia tornar-se na sede da Parque Escolar". Porém, acrescentou, "não deixa de ser uma situação estranha, já que as escolas transferidas são consideradas património da empresa".

Também António Avelãs, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), considerou "muito vagos" os esclarecimentos até agora prestados pelo ministério. "Ainda não sabemos se estamos a caminhar para, mais cedo ou mais tarde, se poderem alienar estes espaços."

Além da D. João de Castro, o Governo vai transferir para a empresa as secundárias Pedro Nunes, D. Diniz, Machado de Castro e Passos Manuel, em Lisboa, e as portuenses Oliveira Martins e Rodrigues de Freitas. Todas estas escolas estão im- plantadas em lotes com mais de 20 mil metros quadrados, em zonas urbanas valorizadas. Os estatutos prevêem ainda a elaboração de uma "lista" com outros bens do "património privado do estado" a atribuir.

Rui Nunes disse ao DN que a transferência das propriedades se prende com "uma questão instrumental" - ou seja a simplificação dos processos burocráticos - e garantiu que a actividade fundamental da empresa - a gestão e requalificação - será subsidiada "por vários meios, nomeadamente fundos de convergência da União Europeia".

Com um capital inicial de 1,4 milhões de euros, a Parque Escolar, que será presidida pelo engenheiro João Sintra Nunes, deverá ainda obter rendimentos de actividades relacionadas com a exploração comercial das escolas, como alugueres de espaços e concessão da exploração de cantinas a privados.


*Com João D' Espiney


DN Edição Papel,

Quinta, 22 de Fevereiro de 2007


Novas habilitações para a docência

O documento foi aprovado
em Conselho de Ministros
a 28 de Dezembro

Mestrado será grau mínimo de qualificação para acesso à carreira

Novas habilitações para a docência já foram publicadas em Diário da República
22.02.2007 - 16h36 Lusa

O novo regime de habilitação profissional para a docência, que estabelece o mestrado como o grau mínimo de qualificação para o acesso à carreira de professor, foi hoje publicado em Diário da República.

De acordo com o documento, aprovado em Conselho de Ministros a 28 de Dezembro, os professores do pré-escolar e do 1º e 2º ciclos vão ter de realizar uma licenciatura em Educação Básica, com um total de 120 créditos distribuídos por Português, Matemática, Estudo do Meio e Expressões.

Depois da licenciatura, que é comum àqueles três níveis de ensino, os docentes farão um mestrado especializado em Educação Pré-Escolar, Ensino do 1º ciclo, Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º ciclo ou Ensino do 1º e 2º ciclos, consoante a sua opção.

Com uma formação generalista comum aos professores do pré-escolar e do 1º e 2º ciclos, o Governo pretende promover a mobilidade dos docentes, permitindo "o acompanhamento dos alunos pelos mesmos professores por um período de tempo mais alargado".

Ou seja, o mesmo docente poderá acompanhar uma turma desde 1º ao 6º ano, por exemplo.

Regras para 3º ciclo e secundário

Quanto à habilitação para a docência de uma ou duas áreas disciplinares (3º ciclo e secundário), os candidatos terão de obter o grau de licenciado, adquirindo um determinado número de créditos na área disciplinar ou em cada uma das áreas disciplinares que pretendem leccionar, fazendo depois um mestrado especializado.

Por exemplo, um candidato a professor de História e Geografia do 3º ciclo e secundário terá de realizar uma licenciatura com 120 créditos no conjunto das duas áreas para aceder ao mestrado de Ensino de História e Geografia.

De acordo com o decreto-lei, o ingresso nas licenciaturas e nos mestrados está dependente do número de vagas fixado anualmente, tendo em conta, entre outros aspectos, um parecer do Ministério da Educação acerca das necessidades do sistema educativo.

A partir do ano lectivo de 2007/2008, só podem ser admitidos novos estudantes em ciclos de estudos que conferem a habilitação profissional para a docência quando os mesmos estejam organizados segundo a nova legislação.

COMENTÁRIOS

A unica coisa que foi dada de borla...
Por Sousa da Ponte - Faro

A unica coisa que foi dada de borla, no campo da educação, foi a profissionalização que foi oferecida pelo eng. António Guterres a todos os seus colegas engenheiros e afins (contabilistas, arquitectos, etc) que estavam no ensino com habilitação suficiente e a quem, por um passo de mágica, se concedeu a habilitação profissional. Bastou-lhes ir aos sabados até uma qualquer ESE, onde nada estava preparado para eles, confraternizar no bar e no final do ano já tinham habilitação profissional. E depois, como não sabem fazer mais nada toca de emburrar os alunos com a regra de três simples até que estes esqueçam o que é e para que servem a multiplicação e divisão. Quem diz que governos anteriores ao PS deram aos professores do 1º Ciclo a licenciatura em 1 ano é um primário que não sabe do que fala. Estes professores, formados nas antigas Escolas do Magistério Primário eram os unicos que tiveram uma formação exclusivamente para o 1º Ciclo. Tinham o antigo 7º Ano do liceu, fizeram um exame de admissão, extremamente selectivo, e tiveram 3 anos de estudo. Depois fizeram um complemento de formação que lhes deu a equivalência à licenciatura. A questão é antes: que professores vai Portugal ter dentro de alguns anos? Vamos importá-los do Brasil, da Ucrania ou de Macau?

Os comentadores de serviço ao ME sabem...
Por Lia Marques - Anadia

Os comentadores de serviço ao ME sabem do que falam? Nove faltas por ano por doença fazem de alguém mau professor? Se tiver tido um acidente já não tem mérito? Se tiver um filho doente já não progride como titular. E isto parece uma medida sensata e democrática a pessoas de bem? Promove a melhoria do ensino? Como?

Pois ainda há gente que acha que com estas medidas...
Por Fada dos Dentes - Braga

Pois ainda há gente que acha que com estas medidas vai haver melhor ensino? Créditos?! Mas isso é o quê, fazer uma licenciatura por fascículos? Licenciei-me na Clássica de Lisboa há 12 anos - 4 anos de duração, a maioria dos professores, excelentes embora haja sempre um ou outro que falhou a vocação. Depois 2 anos de especialização (biénio) com estágio, pedagógicas e orientação. Resumindo, 6 anos de Ensino Superior de qualidade com média final de 15. Agora ao fim de 5 anos até já têm mestrado! Bem se vê que a justiça não é deste mundo!

O mestrado pós Bolonha equivale à licenciatura...
Por M. Gonçalves - Braga

O mestrado pós Bolonha equivale à licenciatura antiga. Quem garante que vai haver qualidade no Ensino Superior? Brevemente a função pública estará repleta de licenciados e mestres quase analfabetos. Já há professores de português que dão erros ortográficos indignos de uma criança do 3.º ano (como será o resto!). O governo que assuma as suas responsabilidades, controlando o cumprimento da lei (neste e nos outros sectores) e deixe de atirar poeira para os olhos de quem paga impostos!

Para isto ir avante a Lei de Bases...
Por Pedro Batista - Coimbra

Para isto ir avante a Lei de Bases do Sistema Educativo tem que ser alterada e ainda não foi. Mais pergunto: que fará o ministério aos professores actuais do 2º ciclo formados por universidades com cursos especializados numa área? Um licenciado em História vai dar Matemática? Está tudo doido neste país ou quê?

Quero dizer...
Por algarvia - Faro

Quero dizer à(o) I. Sílvia que sou professora do 1º Ciclo ou Primária como lhe chama e nunca tive o conhecimento de ofertas de licenciaturas. Eu fiz uma em dois anos (tinha uma formação inicial de 3 anos de magistério primário) em que trabalhei muito, foram exames quinzenais e realização e defesa de um trabalho final de investigação. Se tiver que fazer um mestrado, penso que sou capaz, apesar de não concordar que este grau académico não é inteiramente essencial para a prática da docência do 1º ciclo. O combate ao insucesso não vai por aí.

Será que quanto mais estudam mais competentes...
Por maccc - Castelo de Paiva

Será que quanto mais estudam mais competentes são os professores? Nunca ficou isso provado. Será que não era melhor fazer testes psicotecnicos para ver quem sabe ser professor? E um bom professor como outro técnico tem de ao longo da sua vida "estudar" sempre se quer estar actualizado...

Mais uma vez os políticos demonstram que têm medo ...
Por Bruno - Braga

Mais uma vez os políticos demonstram que têm medo ou são incompetentes, esta medida deveria ser mais radical, é uma medida que daqui a 5 anos já não serve, mais uma lei para a gaveta! É uma vergonha este país!

Certíssima, tal decisão ! Já está provado há muito...
Por Angélica Espada - Viseu

Certíssima, tal decisão ! Já está provado há muito tempo que uma Sociedade val pelo que valem os seus Professores ! Continuo-o a acreditar que "A escola é a sagrada oficina das almas".

Congratulamo-nos com tal notícia
Por I. Silva - Estremoz

Congratulamo-nos com tal notícia. A partir de agora os professores passam a estar melhor preparados para a docência e não tenhamos dúvida do sucesso imediato de tal medida. A questão mais relevante neste contexto é saber o que vão fazer a todos os docentes a quem foram oferecidas licenciaturas e mestrados? Digo oferecidas, porque governos anteriores do PS, criaram a possibilidade dos professores primários se licenciarem num ano lectivo e depois ingressaram nos mestrados? Talvez neste momento queiram reparar alguns erros do passado... O pior é que tanta preocupação, dá cada vez mais trapalhada!..

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

A todos os subscritores da Moção ao IX Congresso da FENPROF “Romper o Cerco”

Cara (o) colega

Cerca de 280 professores e educadores sindicalizados subscreveram esta moção, em apenas duas semanas.

Quanto a nós, isto demonstra que um largo sector dos sindicalizados na nossa federação não se revê na orientação sindical que tem sido assumida pela actual direcção da FENPROF.

Contudo, a orientação alternativa proposta na nossa moção só poderá ter eficácia se houver um número significativo de delegados eleitos para o Congresso com base nela.

As eleições de delegados ao Congresso deverão realizar-se até ao dia 23 de Março.

Por outro lado, as Direcções Regionais sindicais devem ter estabelecido até 30 de Janeiro a organização das eleições dos delegados ao Congresso por Escola ou Agrupamento de escolas, no caso de escolas com menos de 50 sindicalizados (para informação consultem as respectivas Direcções Regionais e/ou os delegados sindicais onde eles existam).

O Jornal da FENPROF de Janeiro de 2007 publicou os Regulamentos para o IX Congresso para cada um dos sindicatos da Federação.

Em relação às eleições ao nível do SPGL, o número de delegados a eleger para o Congresso é o seguinte:

Pré-escolar – 11 / 1º. CEB – 40 / 2º-3º-Sec. – 106 / Superior – 9

Particular – 23 / Especial – 5 / Desempregados – 3 /

Aposentados – 16


No Anexo 1 está a listagem das escolas a que pertencem os subscritores da nossa moção.

No sentido de facilitar o processo de eleição de delegados, de acordo com a linha de orientação expressa na nossa moção, como primeiros subscritores decidimos escrever um pequeno texto, no qual os colegas se poderão apoiar, se assim o entenderem, na assembleia em que tiver lugar essa eleição (ver Anexo 2).

Note que o Artº. 4º-11 do Regulamento Geral do IX Congresso da FENPROF diz expressamente: “Os núcleos sindicais deverão definir uma orientação quanto às questões sobre as quais o Congresso vai deliberar, de forma a que os delegados possam exprimir a vontade dos que o elegeram.”

Com base neste Artº., cada candidato deve procurar ganhar a “vontade” dos outros colegas que irão participar na eleição, de modo a que eles votem pela defesa da linha de orientação expressa na nossa moção.

Os primeiros subscritores da moção:

Ana Paula Amaral, Carmelinda Pereira e Joaquim Pagarete

Moção ao IX Congresso da FENPROF "Romper o cerco"

Leia aqui o texto da Moção "Romper o cerco"

Esta moção foi subscrita por 280 professores e educadores
em apenas duas semanas!

Agradecemos a sua divulgação
junto de todos os interessados em defender
a Escola Pública

domingo, 11 de fevereiro de 2007

TLEBS

Petição TLEBS - notícia "bombástica" no jornal Sol

Petição Contra a Implementação da Experiência Pedagógica TLEBS
http://www.ipetitions.com/petition/contratlebs

Caros(as) amigos(as) e co-peticionários(as),

Chamo a atenção para o artigo de hoje no jornal Sol, pág 16, sobre a
TLEBS e a petição: " TLEBS nos Tribunais - pais ameaçam pedir a suspensão dos exames de 12º ano "

A jornalista que faz o artigo, Andreia Coelho, esteve presente na audição na Comissão Parlamentar de Educação, realizada na passada terça-feira, 26/2/2007, e faz um relato factual do que se passou: um consenso em toda a linha, todos os grupos parlamentares concordaram com a necessidade absoluta de suspensão imediata da experiência, tendo o deputado socialista Luiz Fagundes Duarte, ele próprio doutorado em Linguística, feito as mais duras críticas à experiência TLEBS e revelou julgar ter assinado a petição (na realidade não assinou, mas considero que, em consciência, assinou e tive oportunidade de lhe dizer isso mesmo, com os devidos agradecimentos).

Saliento algumas pérolas do artigo do Sol:

Caixa: "A nova gramática está a ser experimentada ao abrigo de uma lei de Salazar "

Caixa: " Deputado do PS faz duras críticas (à TLEBS)"

"...os programas dos 10º, 11º e 12º anos não estão homologados, logo estão ilegais. O despacho de homologação nunca foi publicado em Diário da República"

"Apesar de o Ministério ter anunciado a suspensão da experiência para o próximo ano, as provas deste ano contém questões relativas à TLEBS. Para os autores da Petição, "não faz sentido" que uma "matéria não validada cientificamente" seja incluída nos exames.

"A TLEBS foi alargada a todas as escolas à luz de um decreto-lei assinado por Américo Thomaz e Oliveira Salazar". José Nunes considera "inaceitável um Governo escudar-se numa lei fascista para levar a cabo experiências em crianças, não podendo os pais e encarregados de educação opor-se".

A audição na Comissão Parlamentar de Educação não podia ter corrido melhor, todos os pontos foram levantados, desde as questões inconstitucionais - que são várias e incluem o pedido de inconstitucionalidade já em curso na Provedoria de Justiça e entregue pelo dr. Vasco Graça Moura - à matéria dos erros científicos provados por professores catedráticos, destacando aqui o trabalho do Professor João Andrade Peres ( http://jperes.no.sapo.pt/), às questões subjacentes a esta orientação para o ensino da língua, ao desmando em que todo este processo tem vivido nestes últimos dois anos, às questões da falta de didatização , formação de professores e transposição pedagógica, ao impedimento de um dos nomeados para a comissão de revisão - dr. João Costa, marido de uma das autoras da TLEBS e consultor científico de uma gramática TLEBS da Lisboa Editora, já à venda. Foi denunciada a manutenção em vigor da famosa Lei 47 578, de Salazar, que permite o lançamento de experiências como a TLEBS , foi denunciado o facto de o Ministério se escudar neste decreto para dizer que não tem nada que pedir autorização aos pais e E.E para realizar as experiências que quiser com os nossos filhos. Foi levantada a gravíssima questão da não homologação de programas e falta de suporte legal para ministrar o ensino e realizar exames, a que acresce ao facto de o exame de 12º ano Português B conter matéria exclusiva TLEBS, chegando-se inclusivé ao cúmulo de uma das perguntas desta prova conter em si um grave erro cientifico... and so on, and so on.
Houve, como já disse, unanimidade por parte dos membros da Comissão Parlamentar de Educação em condenar veementemente esta experiência TLEBS. O relatório desta audição sairá dia 27 de Fevereiro e posteriormente a Petição subirá a debate parlamentar.

Aguarda-se agora a saída este mês da nova Portaria para agir em conformidade. Se a suspenção não for imediata, como é expectável, de imediato será entregue ao senhor Provedor de Justiça um novo pedido de inconstitucionalidade, fundamentado desta vez na violação do ponto 2 do artigo 74º da Constituição, que estabelece a garantia da " do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar". Será também requerida a inconstitucionalidade do D.L. 47 587, se o Parlamento não o revogar entretanto.

Entretanto, a TLEBS continua em vigor e é de ensino obrigatório, constituindo matéria de exame. Continua também em vigor o famigerado decreto-lei 47 578, de 10/03/1967.

E são estas a novas da Petição. Não tão boas como gostaria (por enquanto, por enquanto...), mas ainda sim considero que são motivo de satisfação.

Continuaremos a pugnar pela suspensão imediata da experiência TLEBS, por um ensino de qualidade, válido e validado e pelo fim das experiências não autorizadas, em crianças.

Um abraço do

José Nunes
1º subscritor da Petição Contra a Implementação da Experiência Pedagógica TLEBS
http://www.ipetitions.com/petition/contratlebs


Nota : a edição deste fim-de-semana do jornal Sol só estará disponível on-line na próxima segunda-feira, em http://sol.sapo.pt/EdicaoImpressa/1Caderno.aspx

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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007